Filipe Carvalheiro, um maestro português na Dinamarca

 

“Escolher a Dinamarca pela família

Ligado a Lisboa e à Santa Casa há três décadas, Filipe Carvalheiro escolheu, no entanto, outro país para viver com a família. A Dinamarca, garante, dá-lhe o que procurava em termos familiares, mas Portugal é um ponto fulcral – quer por ter cá a família mais alargada, mas também por causa dos projetos profissionais. “Aproveito as cinco ou seis vezes por ano que venho a Portugal para visitar a família e os amigos”, refere.

“A minha mulher e eu preferíamos que as nossas filhas crescessem na Escandinávia e optámos pela Dinamarca.” Esta foi a primeira prioridade e depois surgiram as oportunidades de trabalho, tendo já conseguido, por exemplo, ser convidado pela rainha Margarida para dirigir o concerto comemorativo dos cem anos de direito de voto das mulheres naquele país.

Atualmente, é maestro na Nordsjællands Symfoniorkester e na Kammerkoret Musica, onde trabalha com músicos escandinavos, mas também polacos, alemães, estónios, etc. “As orquestras e os coros têm talvez apenas um terço de elementos dinamarqueses”, explica.

Satisfeito com a escolha, Filipe garante que não tem planos para regressar a Portugal tão cedo. Em Copenhaga encontrou o estilo de vida que pretendia, nomeadamente o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, e a segurança para educar as filhas. Em termos profissionais, Filipe Carvalheiro diz ter também um “público mais aberto” à música clássica, embora reconheça que em todo o lado há barreiras a quebrar nesta área. Um desafio que por cá procura combater com a Temporada Música em São Roque.”

https://www.dn.pt/especiais/pessoas-e-causas/interior/o-maestro-que-anda-ha-30-anos-a-mostrar-que-a-musica-classica-pode-ser-fresca-9894899.html